domingo, 12 de setembro de 2010

"Hoje sabe-se menos, mas chega-se mais longe"

No dia da divulgação dos resultados da 1.ª fase de acesso ao ensino superior exponho aqui, para reflexão dos estudantes mais "entretidos", uma crónica publicada hoje no JN:
"De pouco valerá concluir o ensino obrigatório, mesmo agora, cifrado no 12º ano, ou mesmo ingressar no Ensino Superior, se ao título académico não corresponder um efectivo domínio da matéria dada.
Mas é justamente esse domínio, observa José Alberto Correia, do Centro de Investigação e Intervenção Educativas, da Universidade do Porto, que está no centro de "um equívoco". "A substituição dos conteúdos pelas competências, ou seja, ensinar a pensar em lugar de ensinar os ditos conteúdos, com a sucessiva desvalorização da memória, revela uma mudança de superfície e não de fundo - e é uma oposição. Porque para pensar é preciso ter um objecto de pensamento e uma intencionalidade". Sem essa base, sublinha, "este sistema de ensino tende a acentuar as desigualdades." A situação é agravada "pelas pedagogias do prazer, em que se defende a aprendizagem sem esforço, confundindo-se, no fundo, o esforço com o sofrimento - outro erro".
Parecer: Afixe-se em edital nos claustros das Universidades e Politécnicos.

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