sábado, 10 de setembro de 2011

Fumo branco na avaliação de professores

O Ministério da Educação e os sindicatos dos professores estiveram reunidos durante todo o dia de ontem para negociar a avaliação de docentes. Já passava da meia-noite quando saiu fumo branco da sala onde estavam reunidos desde as 8:30: foi possível chegar a acordo com 7 dos 13 sindicatos presentes. São boas notícias para um sector crispado e cansado pela instabilidade causada pelas mudanças nas suas regras.

O maior sindicato, a Fenprof, não subscreveu o acordo, "pois os três pontos essenciais que defendia, a redução do número de menções na avaliação (actualmente são cinco), a eliminação de quotas para as classificações mais elevadas e implicação nas notas na graduação de professores nos concursos, não foram satisfeitos pelo Ministério". O que é isto senão a inutilização do sistema de avaliação para aferir os melhores docentes na progressão de carreira e na sua colocação? Para que serviria, então, a avaliação docente?

É cada vez mais difícil entender este sindicato. Em tempos assumiu-se como representante de uma classe fustigada (que o foi) pelo Governo. Foi o grande vencedor das gigantescas manifestações que se realizaram entre 2005 e 2009, com Mário Nogueira à cabeça. Só que, entretanto, fomo-nos cansando de nunca os ver a concordar com nada. Admite-se que não há soluções perfeitas, mas é difícil perceber como ao longo de tanto tempo nunca houve uma solução que satisfizesse minimamente este sindicato.

Desta vez, ao menos, Mário Nogueira apelou aos professores que "virem a página para outros problemas maiores que têm pela frente".

Pacificação da Educação, finalmente?

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